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sábado, 10 de março de 2012

Mudança de endereço

Nem bem realmente começamos, mas já estamos mudando: eu e o Daniel fomos convidados pra escrever pro www.sportseetc.blogspot.com, que antes era escrito apenas pelo Marcelo Chaar e pelo Henrique Monteiro Simões.

Estaremos por lá agora, se quiserem ver nossos posts :)

terça-feira, 6 de março de 2012

Brasil Open, sábado


Depois de comparar a galera do grupo Tênis e Etcetera a tenistas de acordo com suas características físicas ou de personalidade, e contar como foi a sexta do torneio, vamos para o Sábado, que foi para mim o melhor dia, apesar da derrota de Thomaz Bellucci.

Desta vez fui a pé para o Ginásio. Eram 11:30 da manhã, e os jogos só começavam as 14:00, logo, o objetivo era obviamente almoçar antes das partidas. O percurso era de 2,5 km, distância tranqüila. Fui seguindo meu GPS de mão (Google Maps, seu lindo), e entre direitas e esquerdas cheguei ao destino sem problemas. Sentia-me o Chapeuzinho Vermelho caminhando no bosque. Só faltava a cestinha e os pulinhos, mas não vamos comprometer minha masculinidade. A felicidade era imensa e a cidade estava tranqüila, pois muitas pessoas saíram da metrópole pelo feriado de Carnaval.



Chego ao ginásio, onde entro em contato (ela entra na verdade), com a Livia, que entra também em contato com a Mari. Mari estava na frente do ginásio, exatamente na lancheria. Estávamos a 30 metros do local, mas conseguimos a proeza de ir pelo lado contrário e demos a volta no Ginásio (risos). Sem problemas, caminhar faz bem :D (ser um pouco mais esperto também, mas não se pode ter tudo).

Decidimos ir almoçar em um Bar próximo ao Ginásio, pois dentro do Ibirapuera a pequena lancheria deixava muito a desejar (uma das coisas a serem melhoradas para 2013).

A Mari Anjos estava com seu filho e namorada, que nos foram apresentados e partimos para o Bar Itacaré, ao qual pensei que fosse Bar Jacaré até que me alertaram. Importante ressaltar que a namorada é do filho da Mari, e não da Mari, como pareceu ser pela maneira que foram escritas algumas mensagens (risos), e propositadamente a frase acima, onde um SUA namorada resolveria o problema. (acho)

Em São Paulo um xis é tratado como um lanche. Aqui no RS um xis é uma refeição completa, pois o pão tem o dobro do tamanho e há muito mais coisas dentro. Ah, e o preço está pela metade. Comi essi Xis disfarçado de Hambúrguer, e satisfeito, #not, fomos ao Ginásio.

Lá encontramos a pequena Mary Souza e sua prima (ou será irmã), não, brincadeira, sua prima Vitória e um amigo. O resto do pessoal foi se encontrando depois.

Entramos no ginásio e nos acomodamos na ultima fileira da cadeira superior. A visão é ótima mesmo do lugar mais alto do ginásio.



O primeiro jogo do dia tinha Almagro X Ramos. Pudemos mais uma vez desfrutar da consistência de Almagro, que estava em uma semana muito boa. No entanto Ramos vinha também em uma ótima semana e naquela partida portou-se igualmente bem. O futuro campeão do torneio despachou seu compatriota em dois sets apertados.



A segunda partida do dia tinha Bellucci X Volandri. Ambos faziam um confronto equilibrado, nenhum jogava seu melhor jogo, e o brasileiro venceu o primeiro set. Bellucci já havia pedido atendimento médico um pouco antes de fechar a primeira parcial, e a alegria em ver Thomaz vencer o primeiro set se transformou em frustração ao vê-lo sem condições físicas a partir da segunda parcial, com fadiga e um problema no tornozelo, que eu jurava que era no dedão do pé, pois Bellucci a cada 30 segundos colocava a mão lá. (ao menos era o que parecia) O brasileiro nem se esforçou na segunda parte do jogo, e entrou mais firme no ultimo set, mas jogando ao estilo saque-voleio, já que não tinha energias para ficar trocando bolas no fundo, com o qual se dá muito melhor. Thomaz até se manteve no começo do ultimo set com ótimos voleios para nossa surpresa, e confirmou no sacrifício seus dois primeiros saques. Depois disto Volandri conseguiu a quebra e fechou em 6-2. Muitas pessoas já haviam abandonado o ginásio, mas ficamos até o fim mesmo sabendo que a derrota era praticamente certa.

Alguns detalhes engraçados durante as partidas:

- Fazia muito calor, mas Vitória honrou seu nome com a solução. Um leque. O sonho de consumo de todos naquele momento. Daria um braço por aquilo. (sendo assim me sobraria o outro para me abanar) Não vou falar que o Henrique abanou-o para nós durante algum tempo para evitar qualquer constrangimento, mas no desespero eu faria o mesmo.

- Um segurança passou atrás de nós dizendo: Mas tem muita gente com flash, como vou barrar todos? Desnecessário lembrar que tirar fotos com flash não era permitido para não atrapalhar os jogadores. Mas a frase O povo unido jamais será vencido foi colocada a prova mais uma vez com êxito.

- Durante o intervalo para o jogo do Bellucci, nos levantamos e esticamo-nos no corredor acima das cadeiras. Olho para o lado e pergunto: - onde está a Mary?. Olho para baixo e a encontro (piada infame, mas não resisti). Explico: Eu tenho 1,95, e ela 1,55, então...

- Durante o jogo de Thomaz Bellucci, algumas palavras de incentivo eram gritadas por um “torcedor” atrás de nós. Ele dizia:

- Vamos seu bosta! Vamos seu bosta!

Pensamos e comentamos: Agora vai! Não foi o suficiente.

Saímos do Ginásio após os jogos de simples, e vi o Filippo Volandri algum tempo depois saindo do lugar com acesso restrito a jogadores. Pensei em bater nele por ter vencido o Thomaz, mas como pessoalmente ele era muito mais atlético que das arquibancadas, desisti. (brincadeira gente, não costumo resolver as indiferenças no soco. Meu negócio é na bala. #UI)

Tiramos algumas fotos, pegamos algo para comer e retornarmos ao Ginásio para os jogos de duplas, que tinham em um jogo, e Soares no outro.

Daniel (eu), Livia, Mary Souza, Mari Anjos, Talita, Fernanda, Henrique Simões, Pedro


As arquibancadas estavam bem esvaziadas obviamente. Sábado à noite, jogos de duplas, e frustração pela derrota do Bellucci. Compreensível. Assisti até meados do segundo jogo, e sai do local, pois tinha outro compromisso à noite.

Sabádo a noite, jogos de duplas

 No próximo post registro o domingo. 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Su-Wei Hsieh e WTAs randoms


Alguém notou que ela está feliz?


Você alguma vez já ouviu falar da tenista Su-Wei Hsieh? Pois é, eu também não.

Mas ela é a mais recente campeã de um WTA. Ela venceu Petra Martic (outra random aleatória por ai) na final do WTA de Kuala Lumpur e venceu o primeiro título WTA da carreira (detalhe: ela não está nem no top 100). Não era nem de perto cotada como alguém que poderia ao menos vencer um jogo no WTA. Mas com uma boa campanha, sorte e a felicidade da vitória de Martic sobre Jankovic nas semifinais (no domingo, numa rodada dupla). Martic bateu Jelena por 6-7 7-5 7-6 num jogo duríssimo e Jankovic está a quase 2 anos sem ganhar um título

Voltando ao tema central do texto, Martic e Hsieh são totalmente tenistas randoms que tiveram a sorte de estar no WTA certo, na chave certa, e com a sorte do abandono de Radwanska durante o torneio. Mas esse não é o único WTA random e estranho do calendário mundial.

Apenas em fevereiro temos WTAs fraquissimos: Acapulco (que esse ano não foi tão fraco como os outros), Monterrey, Bogotá, Memphis, Kuala Lumpur...Com a grande maioria na América Latina, percebe-se que:

1 - Os organizadores desses torneios são fracos
2 - É só na Europa que as tops querem jogar
3 - Veremos mais Hsiehs e Martics alheias por aí ganhando WTAs.

Decepcionante, claro.

Ultimamente, vem aumentando a possibilidade de um WTA chegar ao Brasil. Confesso que fiquei surpreso com a boa organização do Brasil Open em não-muito-tempo para organizar, preparar as quadras e tudo mais. Resultado? Nalbandian, Ferrero, Almagro, Simon, Verdasco, Gonzalez. Todos eles jogaram aqui.

A organização do Brasil Open foi capaz de trazer esses tops (devido em grande parte a mudança do torneio para São Paulo). A organização de um possível WTA no Brasil também é.

Não espero (ex?) estrelas jogando aqui. Espero tenistas decentes, regulares, não apenas uma grande estrela e outras 31 jogadoras fracas. Como eu acredito que isso pode ser resolvido? Simples

O torneio teria que ter sido jogado na hard. Se for no saibro, as jogadoras de Monterrey/Bogotá/Acapulco seguiriam pra cá. No hard é mais fácil (em minha opinião) para que boas jogadoras venham para cá (Cet, vem junto!)

Imagine todos os WTAs fracos do mundo por aí. Você quer que o WTA do Brasil seja mais um desses? Eu não.

Agora é com vocês na caixinha de comentários: qual é o WTA mais fraco do tour? E em que data o WTA do Brasil poderia ser jogado?

Tenis City
Vendo o tênis de um jeito diferente

Por Henrique Bulio, @henriquebulio 

sábado, 3 de março de 2012

Brasil Open, sexta feira

Fala-vos Daniel Bervian, e este é meu primeiro post neste blog. 

Seguindo os posts do Brasil Open (o primeiro foi este aqui), vou comentar como foi cada dia do torneio para mim. Um relato de experiência pessoal obviamente. Como cheguei a SP na quinta, meu primeiro dia de jogos foi na sexta.

  Havia dormido apenas duas horas na noite anterior (roncos ao lado, ansiedade e etc), e para evitar a fadiga fui de táxi ao ginásio. Chegando lá, fui orientado a entrar pelos portões 4 ou 8, locais que davam acesso a quem tinha ingressos para a cadeira superior.

  Fui ao portão 4, onde encontrei o Henrique Simoões (ou quem desconfiava que era o Henrique). Eu estava em um lado da fila, e ele do outro. Ficamos-nos “estudando” durante aproximadamente 5 minutos. Se alguém reparou deve ter pensado que estávamos flertando. Fui ao outro lado da fila. Melhor dizendo, fui para a fila, porque o lado em que eu estava não dava acesso ao ginásio, pois não havia ninguém monitorando as entradas. Parei-me na sombra, pois o final da fila já estava coberto pelo sol, e como faltavam 20 minutos para serem abertos os acessos ao ginásio, seria tempo suficiente para minha pele de queijo virar pele de tomate.

  Como estava próximo ao suposto Henrique, um olhou para o outro e nos cumprimentamos. Sim, éramos nós (LOL).  O pai dele estava também, nos cumprimentamos e entramos no ginásio.

Visão da cadeira superior. Ótima


  Apesar de vários testemunhos de que a visão da cadeira superior era muito boa, teimávamos em acreditar que a mesma não seria lá essas coisas, de forma que sentamos na terceira fileira de baixo para cima. A visão não era muito boa mesmo. Era ótima. Algumas coisas nós só acreditamos vendo mesmo. Arrisco-me a dizer que em 2013 os ingressos para cadeira superior acabarão antes dos da cadeira inferior. O custo benefício é incomparável.

Era minha primeira vez (em um torneio de tênis ao vivo), então era muito prazeroso, e ao mesmo tempo estranho ver aqueles caras batendo bola na minha frente, quando antes só os via pela televisão. É tudo muito mais claro. A potência dos golpes, a plasticidade, a reação dos jogadores a cada ponto, o esforço para chegar a bolas difíceis, cada detalhe a pouco mais de 30 metros de nossos olhos.

Os jogos da rodada diurna



Almagro X Berlocq

Almagro e Berlocq faziam o primeiro jogo do dia. O argentino começou a partida equilibrando o confronto contra o espanhol, mas a partir da metade da primeira parcial Almagro, ou Almalove, como queiram, tomou conta do confronto e fechou em 6-3 6-2. A partida naturalmente não teve muita emoção, mas viu-se a consistência de Almagro no saibro, que não a toa tem 456 títulos nesta superfície e está próximo do top-10 baseando seu calendário em inúmeros torneios na terra batida, pois na superfície rápida sabemos do que ele é capaz. Ou melhor, do que ele não é capaz. :D



Verdasco X Ramos

E dale espanholada. Verdasco e Ramos fizeram um jogo um pouco mais interessante que o anterior. Verdasco vinha de uma grande reação na partida de estréia frente seu compatriota Marti, mas vinha com alguns problemas físicos, que se pronunciaram a partir do final do primeiro set. O “amigo” de Feliciano Lopez abriu 4-1 na primeira parcial, mas verdascou permitiu a reação de seu compatriota que venceu o primeiro set no tie-break.

Destaque para algumas moças que gritavam com um sotaque engraçado em incentivo para Verdasco:

- Vamos Fernando! Vamos Fernando!

Não adiantou. O favorito espanhol jogou de forma extremamente agressiva o tempo todo no segundo set, procurando ao máximo encurtar os pontos para poupar o físico, mas obviamente a tática suicida (mas que era sua única chance), não deu certa e Ramos venceu a segunda parcial e o jogo.

De qualquer forma foi muito interessante ver a potência dos golpes de Verdasco, que com uma cabecinha melhor seria certamente um top-10 ou top-15 consistente, pois seu físico é também fantástico. Ramos não tem nada de muito especial em seu jogo, e falta-lhe um maior poder de definição. Não é um passador de bolas, mas também não consegue imprimir muita agressividade.


 Intervalo para a rodada noturna

  Como depois dos jogos de simples havia uma partida de duplas antes da rodada noturna, resolvemos almoçar. Eram 4 ou 4:30 da tarde.

Encontramo-nos com um pessoal lá fora. (Claudio, Fernanda, amigos da Fernanda, Talita, Pedro, e acho que não esqueci ninguém) Algumas considerações importantes:

1 - Talita se tornou a pessoa de numero 1512 a me cumprimentar e dizer que sou grande.

2- Pedro veio logo se apresentando:

- Eu sou o Seu Madruga. (que é sua foto no perfil do facebook)

Galera reunida, fomos almoçar e bater um papo. Sobre o que conversamos? Bom, assim como em Las Vegas, o que acontece nos arredores do Ibirapuera, fica nos arredores do Ibirapuera.

Rodada Noturna

A rodada noturna prometia ser ainda melhor que a diurna. E realmente foi.



Nalbandian X Volandri

O talentosíssimo argentino e o italiano da esquerda a uma mão fantástica (que naquele dia foi mais fantástica que o normal) faziam o primeiro jogo.

A partida começou com Nalbandian impondo-se, e parecia que seria um passeio do argentino. Volandri jogava bem, mas el gordito estava ainda melhor. Foi certamente a melhor partida do Brasil Open. Eram raros os games que não contavam com ao menos duas jogadas de alto nível, terminando na maioria das vezes com um winner. Volandri foi equilibrando a partida e levou ao terceiro set, onde o jogo ficou totalmente aberto. O italiano aproveitou melhor as chances e venceu.

Foi talvez a melhor partida de Volandri em sua carreira, ou com certeza uma das cinco melhores. Nalbandian estava atuando em alto nível, mais ou menos no mesmo patamar em que vinha jogando desde o inicio do torneio, o que engrandece ainda mais o feito de Filippo.

Um dos momentos mais marcantes do jogo foi quando Nalbandian salvou um match point com um voleio voador logo após o saque. Incrível. Ao mesmo tempo em que aplaudíamos a jogada em êxtase, chamávamos o argentino de maluco.

Alguns detalhes:

 As criancinhas gritando Vamos David era muito engraçado. Às vezes tinha a sensação de que aquelas eram as primeiras palavras pronunciadas pelos pimpolhos.

A torcida aplaudia naturalmente as belas jogadas de Volandri, no entanto estavam quase todos torcendo por Nalba. Sim, um argentino. O que prova mais uma vez que rivalidade entre Brasil e Argentina é uma besteira. O povo quer ver espetáculo, independente de ser um argentino, brasileiro, francês ou o raio que o parta.

Os argentinos chamam carinhosamente Nalbandian de El Gordo. Mas no ginásio estávamos ressabiados em gritar VAMOS GORDO para Nalba. Ninguém tinha essa informação de que el gordito não iria se ofender se chamássemos ele de gordo? Pode isso produção?



Bellucci X Mayer

Esse jogo tinha naturalmente um ingrediente a mais. A emoção, tensão. Assistir a uma partida de um brasileiro pode ser muito prazeroso, ou altamente frustrante. O confronto começou com um nível técnico absurdamente ruim. Thomaz perdeu o saque no segundo game se não me falha a memória, e Mayer sacou muito bem para levar a primeira parcial. O primeiro dos poucos winners do brasileiro só foi aparecer no 3º ou 4º game. A grande maioria dos pontos de ambos os jogadores vinham de erros não forçados do oponente.

O segundo set começou com Thomaz e a torcida pressionando o argentino. Entre gritos de Maricon e “aplausos” para Mayer entre o primeiro e segundo serviço deste, Leonardo se abalou, Bellucci passou a jogar melhor e venceu a segunda parcial.

O clima era muito hostil para Mayer, bastante desrespeitoso. O argentino é também uma mala sem alça, o que ajudou. Tanto que frente Volandri não houve clima hostil quando este enfrentou Bellucci. Não que a atitude frente o argentino tenha sido correta obviamente. O terceiro set começou com Mayer quebrando o saque de Bellucci, para desanimo da torcida presente. Mas rapidamente voltamos a apoiar Thomaz em busca da quebra que devolvesse a igualdade. Quebra esta que veio apenas no ultimo game, para delírio do publico. Bellucci ainda teve de salvar um break point antes de confirmar e quebrar mais uma vez o saque de Mayer para vencer por 7-5, evitando o tão temido tié-break de desempate decisivo, onde o paulista tem um aproveitamento horrível.

A seguir o vídeo do momento em que Bellucci quebrou o serviço de Mayer para retomar a igualdade no terceiro set. (gravado por mim, não reparem na qualidade com selo teck-pick de qualidade)



Thomaz agradeceu o publico, e disse que hoje não teria vencido sem ele. E não teria mesmo. Foi a torcida que manteve Bellucci no jogo quando este já pensava em abaixar a cabeça como tantas vezes o fez. Foi a torcida que manteve a energia de Thomaz em alta, algo que deveria ser natural para o paulista de Tietê ou qualquer outro esportista, e é uma das coisas que separa os homens dos meninos.


 A partida terminou as 00:45. Saímos do ginásio, fui atrás de um táxi, e após uma confusão até achar um, e de quebra o taxista tentando me enrolar, cheguei ao meu destino as 02:00. Deixei claro para o taxista de que sua conversa mole era com intenção de enrolar-me. Ele se fingiu de ofendido e me levou ao destino com o preço justo. Não queria me enrolar, sei. E eu sou o Chapolin Colorado. Até cobrou apenas os centavos ao invés de arredondar para um numero acima como quase todos fazem (nem digo que está errado, mas ele fez isto apenas para se redimir).

Enfim, eram 02:00 da manhã e a adrenalina ainda estava lá em cima. Entrei na internet e só fui dormir as 03:00. Neste ponto temos que concordar com o Thomaz. Ele deve ter demorado a pegar no sono na sexta para o sábado, e como era tarde não era possível dormir tantas horas, visto o jogador precisar levantar algumas horas antes da partida para preparar-se, bater uma bolinha, alimentar-se bem e etc.


As 08:00 de sábado estava novamente de pé para mais um dia de torneio, mas isso é assunto para o próximo post.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Vida de tenista - Parte #2

OH YEAH, PEOPLE! WE'RE BACK

Primeiro quero pedir desculpas pela baixa frequência de posts. Mas fiquei 6 dias sem net e o único acesso era a do cel. Claro que como prometido fiquei devendo a vida de tenista com o meu primeiro treino escrevendo. Maldita lei de murphy...

O de hoje vai ser curtinho, mas vamos lá. É que com a GRANDE velocidade da internet que ainda está se estabilizando (não passa de 100 kbp/s) não dá pra fazer muita coisa

NOTA: Sim, parece uma saga inventada como se fosse um garoto de 12 anos. Sim, é basicamente isso. Mas as coisas realmente acontecem comigo.

Sábado. Tava acabando o carnaval e eu não tinha feito absolutamente nada de bom nos outros 7 dias sem ir pra escola. Queria mais que esse dia maltido chegasse pra poder bater bolinhas quadras afora.

Como se não bastasse, eu não consigo jogar bem quando meu pai me vê jogar. É estranho. Eu quero mostrar pra ele o que sei jogar (que ele não conhece, porque eu sou um jogador bem diferente com ou sem ele nos banquinhos vendo o jogo). Ai aparece o cara que me apresentou pro tênis. Meu padrinho (que também é professor de tênis) encontra com a gente quando estamos no carro e vai ver o treino. Eeeeee.

Não acertei quase NENHUMA bola decente naquele treino. Eu me senti alguém que NUNCA tinha tocado numa raquete. Alternei pancadas e bolas mediocres. Mas alguma coisa estava decente aquele dia: meu saque (e mais distante, minha devolução). Nunca saquei tão forte. Passava dos 100 km/h fácil (tá, não é muito, mas prum garoto de 13 anos que não joga faz nem 2 anos tá bom né?).

Após esse momento vergonhoso eu fui jogar de verdade. PODIA VIR O SAQUE QUE FOSSE, eu devolvia aonde eu quisesse. Por menores que sejam minhas chances de ser o que quero ser, as vezes tem coisas que me fazem MUITO acreditar. E pra falar a verdade, não faço a minima ideia do que ser se não for tenista.

Pra completar, tenho torneio que começa dia 3 de março. É um pouco estranho eu começar e já ter tudo isso, mas não é minha culpa.

Beyjos. Amem a Cetkovska. Odeiem a Wozniacki. Federer maior da história

PS: PRA QUEM PEDIU: Não tem o vídeo da entrevista. PORÉM, vocês podem tentar entender algo ou medir meu nível de nervosismo vendo o vídeo na minha página do facebook

Tenis City
Vendo o tênis de um jeito diferente

Por Henrique Bulio, @henriquebulio

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Azarenka x Radwanska: The Fight

Enquanto as bolinhas voam por Dubai na WTA, a polêmica de Doha continua: qual o motivo da briga entre a polonesa Agniezska Radwanska e a bielorussa Victoria Azarenka?

Vamos tentar descobrir o que aconteceu: as duas estavam jogando a semifinal do WTA de Doha a menos de uma semana atrás, quando Azarenka venceu a polonesa por 6-2 6-4. Quando liderava por 6-2 5-2, Victoria torceu o tornozelo. Radwanska encostou em 5-4, mas Azarenka confirmou de 0 e passou para a final. No fim, Radwanska cumprimentou a bielorussa sem ao menos olhar na cara da mesma

Será que ela achou o pegador de bola bonitinho?
Eu confesso que tenho muita chance de estar enganado. PORÉM, eu consigo ver ligação entre esses games. Azarenka deixaria a polonesa ganhar alguns games para não ficar tão vergonhoso? Não me parece da índole de Victoria, mas me falta alguma peça nesse quebra-cabeça. Vale lembrar que Azarenka eliminou Agniezska no AO 2012. Todavia, essa possibilidade me parece irrisória

Ventilou-se hoje a informação de que Radwanska havia declarado que "havia perdido o respeito por Azarenka". Inveja?

As duas sempre foram tenistas que admiro e não consigo entender por qual motivo Aga está tanto chateada.
Também consigo ver perto no horizonte, como especulado por toda #tennismafia, que Radwanska está com inveja da nova #1. Seja como for, não consigo perceber boas coisas sobre essa briga

A declaração de Radwanska sobre perder o respeito por Vika:
http://tenisbrasil.uol.com.br/noticias/11437/Radwanska-diz-ter-perdido-respeito-por-Azarenka/

Um tweet de Azarenka (@Vika7) sobre a briga
"just laughing out loud….thats it what i can say….its getting more and more funny…have a good week and enjoy girls"

Espero ansiosamente os próximos capitulos dessa novela. Radwanska estaria com inveja? Azarenka fez algo de errado que não notamos? Quem está certa?

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Vendo o tênis de um jeito diferente

Por Henrique Bulio
@henriquebulio 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vida de tenista - parte #1

Tá, inicio aqui a tal coluna de qual falei no outro post.

A história se inicia no ginásio Mauro Pinheiro, no Brasil Open 2012. É uma quarta-feira. Fui selecionado para participar de uma aula da Gillette na quadra 1 do Brasil Open. Após muito "chorar", consegui burlar o regulamento. Lá estava eu.

Quando você entra na quadra central de um ATP (como eu já havia feito no Kid's Day), você percebe o que realmente é jogar tênis. Eu não estava na quadra central, mas parecia. Lá tinha TUDO o que você precisasse, desde água, gatorade e lanchinhos até o vestiario dos jogadores no qual você podia usar.

Quando entro na quadra, logo reparo numa girafa que lá me esperava. Era o Marcelo Melo que seria um dos responsáveis pela clinica. A minha raquete ainda não estava no ideal, e estava meio nervoso de errar muito na frente de um profissional.

Uma outra pessoa que participaria da clinica seria o preparador fisico do Thomaz. Quando ele me disse isso, tive vontade (e quase falei) de dizer: você é quem não sabe deixar o Thomaz com um fisico bom? Resolvi ficar calado.

A clinica começou e eu continuei sem reconhecer quem era o cara que tava junto com o Melo, mesmo sabendo que ele era tenista. Me pareceu o Pedro Sakamoto, então fui falando que era ele. Enquanto duas velhinhas batiam bola com eles, eu fazia um treinamento mais avançado com um cara.

No fim da clinica, eu me sentia jogando super bem, sem medo, relaxado. No fim, tava tudo bem. Tava preparando pra ir no vestiário tomar banho (no meio da clinica, o Sá passou por lá. E o idiota tava pensando que era o Clezar) quando eu ouço a organizadora da clínica falando sobre entrevista. Tudo bem, continuo, mas perae...entrevista? EU VOU TER QUE DAR ENTREVISTA?

Obviamente fiquei nervoso. Ela me fazia as perguntas e eu respondia, com o dedo no cabelo, dado o nivel de nervosismo do cidadão. Após o fim de tudo, descubro que não tinha água quente no vestiario dos jogadores. Porra, tem gatorade de graça na quadra de treino e não podem deixar a água quente no vestiario?

No fim do dia, sai naqueles carrinhos de golfe pra ir pro portão 12, curiosamente o portão da área VIP. Claro que ia aceitar o presente. Mas saí ainda no meio do primeiro jogo (é mole aguentar Starace x Capdeville).

Aquele dia tinha se tornado especial pra mim. VIP + jogar com profissionais + carrinhos de golfe + quadra central + quadra 1 + entrevista era uma combinação de respeito. Me senti um tenista com tudo aquilo.

Fico imaginando se a clínica da @alcalejon foi tão legal também. Deve ter sido mais, afinal que me desculpe a girafa, porém Butorac + Soares >> Melo + Random. Talvez ela tenha curtido mais, mas sei lá.

Pra terminar, uma foto minha jogando na clínica (créditos: Marco Maximo)



É isso. Depois eu posto a parte #2


Tenis City
Vendo o tênis de um jeito diferente

Por Henrique Bulio